sábado, 26 de dezembro de 2009

Ser portista


Sou portista! Por acaso não tem olhos um portista? Não tem um portista, porventura, mãos, orgãos, figura, sentidos, afectos e paixões? Não é porventura, como um qualquer outro adepto, ferido pelas mesmas armas, alimentado pela mesma comida, sujeito às mesmas doenças, curado pelos mesmos remédios, aquecido e gelado pelo mesmo Verão e Inverno?

Se nos apunhalardes, será que nós, portistas não sangramos? Acaso não rimos, se nos fizerem cócegas? Acaso não morremos até, se nos envenenardes? E não nos podemos vingar, se nos fizerem mal, se nos atacarem, se nos insultarem? Não podemos ripostar?

Digam-nos então em que somos distintos, qual a nossa diferença? Não somos porventura humanos, não temos os mesmos direitos que os outros?

Não?!